Velejando em barcos de oceano: quem é quem dentro do barco

Monotipo: os primeiros passos
Qualquer velejador que sonhe com os veleiros oceânicos precisa passar antes pelos monotipos para adquirir a sensibilidade necessária nos barcões. É nos pequenos que o velejador aprende a nomenclatura básica, a montar o barco, as manobras e a velejar nas diferentes posições de vento. Por estar muito próximo da água, pode sentir a emoção da velocidade, descendo ondas como em uma prancha de surf. Melhor ainda é quando o velejador navega por volta de 30 horas em um monotipo de uma única vela e passa para um veleiro com mestra, buja e balão (aquelas velas coloridas utilizadas com vento de popa), aumentando seu conhecimento antes de se aventurar no oceano.

Na Vela oceânica
Em um veleiro de oceano, é preciso uma disciplina rigorosa para controlar todos os equipamentos a bordo. Para colocar a embarcação em deslocamento, é necessário garantir o funcionamento da parte elétrica, da hidráulica, do motor e dos tanques. Sem um planejamento bem feito e sem organização a bordo, o barco vira uma torre de babel e fica impossível velejar. Por isso, cada pessoa tem uma função específica num veleiro de oceano:


Proeiro – os olhos do timoneiro
Trabalha sempre na metade da frente do barco: nos bordos, na colocação das genoas, nas trocas de genoa e nos jibes, com a mudança de lado do pau de spinnaker. É ele também que precisa ficar de olho na proa momentos antes da largada, para que o barco não escape (cruze a linha antes do sinal de largada) e seja penalizado. Além disso, ele ainda prepara a vela balão para ser inçada e é responsável pela ancoragem do barco. O proeiro deve ser alto, magro e forte: não é bom ter peso na proa por muito tempo e nas manobras é necessário força e alavanca. Ah! Importante: ele precisa ser um bom equilibrista, pois a proa balança e o joga para todos os lados

Secretaria – 100% concentração
Nessa posição, o peso do velejador não é muito importante. A secretaria é a posição que controla as adriças (cabos utilizados para subir e descer velas) e as regulagens das velas. Ela cuida da testa (cabo que estica a vela junto ao mastro), da esteira (cabo que regula a barriga da vela), do burro do pau de spinnaker (cabo que mantém o pau de spinnaker travado para não subir) e do o amantilho (cabo que regula a altura do pau de spinnaker). A secretaria trabalha muito nas subidas e descidas das velas e nos jibes


Trimmer da genoa – o acelerador do barco:
Essa é mais uma posição que exige um velejador forte e leve. O trimmer de genoa é o responsável pela regulagem da abertura das velas de proa. Como normalmente essa regulagem é feita a sotavento (lado contrário ao lado do vento) não é bom ter um tripulante pesado por ali. O trimmer de genoa trabalha bastante nas manobras de bordos, nas largadas, nas içadas e retiradas do balão, no barlavento do balão (escota que caça o balão do lado do pau de spinnaker) e nos jibes. Da sensibilidade dele na regulagem é que vão sair alguns nós a mais por hora, decisivos para quem quer vencer a regata.

Trimmer da mestra – sem descanso
O trimmer da mestra está sempre caçando ou soltando a vela, dependendo da característica do vento. O único momento em que ele pode descansar um pouco é no vento em popa. Com muito vento, tem que ficar com a escota na mão para soltar a vela nas rajadas mais fortes. Caso não consiga soltar rápido, fatalmente a equipe será prejudicada com a perda de leme (atravessada) do timoneiro. Normalmente, ele também cuida da regulagem do traveller (carrinho onde são fixadas as roldanas da regulagem da vela mestra) e da troca da vela de lado nos jibes e nas largadas, colocando a vela para trabalhar ou folgando-a. Sua ação é sempre comandada pelo tático ou pelo timoneiro. Nesta posição, o velejador precisa ser muito forte. Não há problema se ele for pesado, porque vai ficar muito tempo a barlavento (lado pelo qual o vento entra no barco).

Trimmer do balão: fazendo o barco surfar nas planadas
Forte, pesado e talentoso, o trimmer do balão só trabalha pesado nos ventos de popa e través. O baloeiro, como o chamamos, não pode tirar o olho do bordo de ataque (barlavento) da vela balão. Ele não pára nem para comer o tradicional sanduíche que é servido nos ventos de popa. Nesse momento, a tripulação aproveita o descanso para planejadar as manobras e a próxima subida em contra vento. Enquanto isso, o baloeiro não pode tirar o olho da vela, controlando a escota de sotavento do balão, que regula a sua abertura

Timoneiro ou skipper: a posição mais desejada
A posição dos mais experientes (ou dos donos dos veleiros) exige atenção total do velejador. O skipper não desvia o olho daqueles barbantinhos coloridos (lãs) da genoa. Ele precisa tirar o maior proveito da sensibilidade do leme para velejar quase sempre no limite de velocidade do barco. O tático, que canta as manobras de bordo e jibe, além do rumo a ser seguido na regata, precisa estar sempre em contato com o timoneiro. Talento, atenção, dedicação e a experiência em veleiros menores são itens sempre levados em consideração para a escolha do melhor a bordo para tocar o barco. Às vezes, a escolha é mais fácil: o dono do barco é quem controla o timão.

Tático:
É a posição de maior responsabilidade a bordo. O tático precisa enxergar muito além do limite de sua visão. O tempo todo ele está atento ao vento, aos concorrentes, à posição das bóias, à sinalização da comissão de regatas, ao rumo do barco, à regulagem das velas, à velocidade do vento e de olho no dedo duro a bordo: o velocímetro. Cabe também ao tático o conhecimento das regras da ISAF e das instruções de regata fornecidas pelos organizadores do evento. Ele precisa ser o mais experiente a bordo, tendo passado por todas as posições ao longo de sua vida de velejador. Quando a estratégia depende de você, o que faz diferença são as milhas navegadas e o talento.

Pode parecer óbvio — mas é sempre bom falar — que o verdadeiro trabalho em equipe vai garantir, no mínimo, uma velejada agradável a todos os tripulantes. O resultado não depende apenas da equipe, mas também do barco bem preparado, com o fundo sempre limpo, atendendo às regras da classe, com as velas em bom estado e com bom shape, o mastro regulado, a tripulação dentro do peso, o barco aliviado e atendendo às regras da classe. Para se conseguir tudo disso, é preciso muito, mas muito, muito treino.

Boa velejada,

A gente se encontra na raia!

Cyclades 39.3

No Cyclades 39.3 simplicidade e prazer andam juntos. Projetados de forma a proporcionar um maior conforto a bordo: 2 Rodas de leme, fácil acesso ao mar pela popa, um amplo cockpit com chaterploter integrado na mesa central e Buja com enrolador entre outras.

Veliro Bénéteau Cyclades 393





Ficha Técnica do Barco

Leitos
6

Cabines
3

Banheiros
1

Chuveiros
1

Oc. Clipper 361


Projetado em 1999, este barco destaca-se pela excelente velocidade de cruzeiro e conforto interno, não encontrado em outros 36 pés: são três camarotes e um banheiro muito espaçoso, com ducha separada. Como todos os veleiros Bénéteau, o Clipper 361 pode ser comandado por apenas uma pessoa, que tem todos os controles no cockpit.

Veleiro Bénéteau Océnis Cliper 361



Ficha Técnica do Barco

Leitos
6

Cabines
3

Banheiros
1

Chuveiros
1

Oc. Clipper 411


O Oceanis Clipper 411, é um barco rápido e com elegancia clássica, muito espaçoso e confortável. Próprio para sua sua familia fazer um cruzeiro com segurança e conforto.




Ficha Técnica do Barco

Leitos
8

Cabines
4

Banheiros
2

Chuveiros
2

Oceanis 473

Um salão com vigias panorâmicas no teto e um pé-direito de 2.10 m de altura proporcionam ao novo 423 uma extraordinária iluminação interior, seguido de conforto e requinte, com um acabamento de madeira e uma cabine de proa dignos dos grandes iates.



Ficha Técnica do Barco

Leitos
8

Cabines
3

Banheiros
2

Chuveiros
2

Catamaran Lagoon 410

Com quatro suítes e um salão integrado ao cockpit, que permite visão de 180 graus em volta do barco. Conforto extraordinário para longos períodos "on board".




First 40.7

O FIRST 40.7 combina um lustroso e sofisticado Racer, com todo o luxo e conforto de um barco de cruzeiro.


Espaçoso cockpit que possue assentos removíveis próprios para regatas, ou simplesmente cruzeirando para chegar mais rápido do que o usual no próximo porto. Condecorado em 1999 pela revista Cruising World como BARCO DO ANO na categoria Cruiser/Racer.




Ficha Técnica do Barco

Leitos
6

Cabines
3

Banheiros
1

Chuveiros
1

Bénéteau Cyclades 50

foi projetado de forma a proporcionar um maior conforto a bordo com 2 Rodas de leme, fácil acesso ao mar pela popa, um amplo cockpit com chaterploter integrado na mesa central e Buja com enrolador entre outras. São 4 suítes dentro do barco e uma cabine com banheiro na proa perfeita para o skipper.



Ficha Técnica do Barco
Leitos
9
Cabines
5
Banheiros
5
Chuveiros
5
Tanque de água
930L
Tanque de combustível
440L

Regata Aratu / Maragojipe - BAHIA


1. DATA
28 / AGOSTO / 2010

2. INSCRIÇÕES
As inscrições poderão ser realizadas nos Clubes Náuticos e
Marinas, mediante o preenchimento da FICHA DE INSCRIÇÃO, na
qual são encontrados os valores correspondentes ao tamanho das
embarcações. (Atentar para os prazos de desconto)
OBS - A Ficha de Inscrição também estará disponível do site do
Aratu Iate Clube (www.aratuiateclube.com.br)

3. CLASSES
RGS Regata A/B/C
RGS Cruzeiro A/B/C
Microtoner 19
Minioceano
ORC Internacional
ORC Club
Aberta
Multicasco A/B/D

Informações:
Aratu Iate Clube (71) 3216-7444 / 3216-7284 / 3216-7303
aratuclube@uol.com.br - www.aratuiateclube.com.br

4. PROGRAMAÇÃO
27 de agosto - Sexta-feira - Aratu Iate Clube - ABERTURA
28 de agosto - Sábado - REGATA
04 de setembro - Sábado - PREMIAÇÃO
19 hs - Reunião de Comandantes
20 hs - Abertura Oficial / Coquetel
09 hs - Check-in na água ( Nas imediações de Ilha de Maré)
10 hs - !ª Largada (Ver sequência nas “Instruções de Regata”)
16 hs - Abertura / Homenagens
17 hs - Festa - apresentação 1ª banda
19 hs - Cerimônia de Premiação
21 hs - Festa - apresentação 2ª banda

INTERNET A BORDO

A Internet não pode mais ficar restrita aos escritórios e residências. Essa poderosa ferramenta de comunicação toma o remédio anti-enjôo e sobe a bordo

É inegável a importância da Internet atualmente como meio de comunicação e integração entre as pessoas, empresas, órgãos governamentais e não governamentais. A facilidade de acesso as mais diversas informações e a possibilidade de troca rápida de correspondência entre um grande número de pessoas a um custo baixo, estão fazendo deste dispositivo a principal ferramenta de comunicação do novo século.

Para o navegante embarcado, além de possibilitar manter o contato via e-mail (nome atribuído a uma mensagem enviada através de meio eletrônico) com familiares e amigos (e até clientes e fornecedores), podemos ter acesso as preciosas informações meteorológicas, fazer transações bancárias urgentes e comprar "aquela" peça de reposição para ser entregue no próximo porto.
A primeira alternativa para uma embarcação equipada com um rádio SSB e um computador pessoal é acopla-los a um modem especial (PTC II-Pro da SCS, http://www.scs-ptc.com) para a conexão com empresas localizadas nos USA como a PinOak (http://www.pinoak.com), a SailMail (http://www.sailmail.com) a WKS (http://www.marinenet.net), e na Nova Zelândia a SeaMail (http://www.xaxero.com) para o envio e recebimento de mensagens.

O serviço funciona da seguinte forma: a empresa lhe destina um endereço de e-mail (geralmente o nome da embarcação ou seu indicativo de chamada) que você divulga para os seus amigos. Todas as mensagens destinadas ao seu endereço serão transmitidas via rádio para você sempre que se estabelecer uma conexão, sendo decodificadas no seu computador, em tempo real, por um programa especial que acompanha o pacote. Do mesmo modo, antes de estabelecer a conexão, o usuário escreve as suas mensagens, usando o mesmo programa, que são transmitidas para a estação.

"Carro Veleiro" bate recorde de velocidade

O engenheiro britânico Richard Jenkins estabeleceu a bordo do “iate terrestre” Greenbird, como os criadores o chamam, o novo recorde para veículos movidos somente com o vento: 126,1 mph (milhas por hora), o equivalente à 202,9 km/h.
O feito foi alcançado no lago seco de Ivanpah, nos EUA, e a velocidade do vento no dia estava em torno de 48 km/h. A marca de 202,9 km/h supera em 16 km/h a velocidade atingida pelo norte-americano Bob Schumacher. A rivalidade entre britânicos e norte-americanos começou na década de 1920, quando Malcolm Campbell registrou diversos recordes na terra e no mar.
O Greenbird utiliza fibra de carbono em grande parte de sua estrutura, o que lhe rende o baixo peso de 600 kg e permite a obtenção de tal velocidade. Seus criadores utilizaram aço somente nas hastes que sustentam as rodas.
Jenkins anunciou que seu próximo desafio será criar uma versão adaptada do Greenbird para rodar no gelo e estabelecer um novo recorde.