Saveiro Clube da Bahia comemora 35 anos da Regata da Primavera

O Saveiro Clube da Bahia, uma das mais antigas agremiações náuticas da Bahia está em festa! O principal evento do clube comemora este ano o seu “Jubileu de Coral”. São 35 anos de ininterrupta realização da Regata da Primavera.

Com uma rica programação, a regata chama a atenção por seu belíssimo percurso, um convite ao turismo náutico dentro das águas da Baía de Todos os Santos.

A largada acontece dia 27 de novembro, às 13 horas, nas proximidades de “Ponta do Humaitá”, um dos “cartões-postais” de Salvador. Mais de 150 embarcações, entre Veleiros e Oceano, Monotipos, Escunas e Saveiros, e 800 velejadores, partem em direção à Mutá, localidade situada à contra costa da Ilha de Itaparica, apreciada por muitos pela farta vegetação, brisa constante e águas abrigadas.

Programação
A 35ª Regata da Primavera tem agregada à sua programação uma séria de ações, que antecedem a competição.

20 à 28/11 – II Festival Gastronômico da Península Itapagipana. Em sua 2ª edição o festival reúne os principais restaurantes e bares de bairros pertencentes à Península de Itapagipe, região da cidade de Salvador onde está situado o Saveiro Clube da Bahia, entidade realizadora da regata.

26 à 28/11 – II Feira de Artesanato do Recôncavo. Uma rica exposição de trabalhos de artesãos baianos, utilizando diferentes matérias-primas como barro, madeira, pedra, palha, prata, etc. Realizada nas dependências do Saveiro Clube da Bahia, é aberta à visitação do grande público.

Na véspera da competição, dia 26, acontece a cerimônia de abertura. Participam velejadores, patrocinadores e Imprensa na sede do Saveiro Clube, com apresentação de grupos musicais, DJ e sorteio de brindes.

Premiação

Mitunga II 1º lugar RGS Cruzeiro C

A festa de premiação aconteceu em Mutá, precedida por um jantar para os competidores. Haverá também a apresentação de grupos folclóricos locais, e um show acústico liderado por Léo Macedo, da banda de forró Estakazero.

Isabele Lira, Betinho Macedo, Cristiano Lira

Neide Araujo, Darlan Blohem

Essa foi a tripulaçao do Quiaba do Comandante Betinho Macedo 3º Lugar RGS Cruzeiro C

A 35ª Regata da Primavera é coordenada pela Via Náutica Consultoria & Eventos Desportivos

Regata da Primavera 2010


Revista Americana Sail Magazine divulga lista dos melhores veleiros de 2011



Divulgação
Beneteau 30 foi eleito melhor barco na categoria performance com 30 pés ou mais
A renomada revista americana Sail Magazine divulgou esta semana a lista dos melhores veleiros de 2011. São12 categorias que valorizam desde a performance até inovação e sustentabilidade dos barcos. Veja a lista dos ganhadores abaixo.

Monocasco top de linha: Southerly 57RS
Sistema mais inovador: Beneteau Sense 50
Multicasco top de linha: Gunboat 66
Deck e Cockpit: J/111
Prêmio verde: Hunter 27e
Veleiro de passeio diurno: C.W. Hood 32
Performance de 30 pés ou mais: Beneteau First 30
Multicasco de cruzeiro menor que 50 pés: Presto 30
Melhor veleiro com bolina: Topaz TAZ
Performance de 30 pés ou menos: X-Treme 25
Rig mais inovador: Radical Bay 8000
Multicasco de cruzeiro mais acomodações: Discovery 50

Para ver os detalhes de cada barco, em inglês,
clique aqui

A XXVI Regata de Casais - Angra dos Veleiros BA


A XXVI Regata de Casais realizada pelo Angra dos Veleiros no último dia 23 foi marcada por muito sol e ventos moderados. Trinta e dois veleiros, entre oceano e monotipos, largaram das imediações da praia da Ribeira da com destino as boia 2 (dois) do Canal de Aratu, em seguida para a Bóia 1 (um) do Canal de Aratu, e retornando ao boião da Ribeira, seguindo finalmente para a raia de chegada em frente ao píer do Clube Angra dos Veleiros.


O monocasco “Quiabo”, um MC 23, tripulado por Betinho Macedo e Isabele Lira, na RGS Cruzeiro C, ficou em segundo lugar.


No jantar de premiação, do dia 23 último, os velejadores foram recebidos com a típica "Feijoada da Pesada" e musica. A alegria tomava conta dos casais que, embalados com algumas geladas, explanavam sobre as manobras e pegas na regata. O diferencial desse evento é realmente a dificuldade em tripular as embarcações com contravento, apenas com um casal.

Planejar é preciso

A maioria dos velejadores modernos estão se preocupando muito mais em aprender como lidar com equipamentos eletrônicos (GPS, Chartplotter, Radar) e meteorologia, por exemplo, do que aprender questões diretamente ligadas à segurança e se preocupar com elas, ou seja, aprender técnicas de tempestade, como fazer um leme de emergência ou uma mastreação de fortuna e assim por diante.

O exemplo dado na mesma reportagem é de que a cada ano mais barcos tem sido abandonado em alto-mar por causa de problemas que, aparentemente, teriam sim uma solução. Mas porque alguém abandonaria uma embarcação em alto-mar se ela ainda está flutuando? As principais causas que justificariam uma atitude como esta são: doença ou acidente grave a bordo - no caso de um velejador solitário - e perda da quilha – porque dificilmente se consegue dar direção ao barco sem ela e dificilmente se consegue improvisar um sistema que a substitui. Por isso que as quilhas tipo patilhão ao “full kell”, que geralmente são integradas à estrutura do casco, são mais seguras do que as quilhas que são presas ao casco por parafusos.

Mas se a embarcação ainda está flutuando porque a tripulação pediria ajuda ou resgate? Os motivos estão restritos basicamente a duas situações: ou o barco perdeu o mastro ou perdeu o leme. Nos outros casos, aparentemente, não há motivo para abandonar o barco, mas isso tem acontecido.

Sair de uma situação como esta depende principalmente da determinação da tripulação e de muita calma. É claro que numa situação de perda de mastro ou leme, dificilmente você conseguira chegar ao ponto desejado, mas chegar em terra firme é possível.

No entanto, o que tem acontecido hoje em dia é encontrar tripulações que estão totalmente despreparadas para enfrentar tal situação. É claro que, na maioria das vezes, ninguém procura se imaginar nessa situação e, assim, planejar o que seria feito numa situação como esta. Pior ainda seria ter que abandonar o navio por falta de um equipamento ou peça que pudesse evitar o abandono, ou seja, na falta de um serrote a bordo, com o que você conseguiria cortar uma peça de madeira para fazer um leme de emergência.

É claro que é muito difícil adquirir experiência em situações de emergências como estas, afinal, ninguém em sã consciência irá quebrar o leme da sua embarcação para simular uma situação de perigo, mas a solução para isto está no planejamento, ou seja, em ter as ferramentas e materiais adequados para consertar a avaria e, principalmente, procurar mentalizar como você enfrentaria e reagiria numa situação como esta.

Este exercício de tentar prever o pior foi uma das minhas principais táticas para enfrentar a viagem da volta ao mundo em solitário pelo oceano austral. Por diversas vezes, a noite, deitado na minha cama em casa, procurava mentalizar eu sozinho a bordo em uma tempestade, com ondas grandes e ainda com alguma avaria. Um situação totalmente inusitada, que a gente só lê em livros, mas nunca imagina que irá acontecer com a gente é a colisão com uma baleia, um tronco de árvore ou um container. Eu já havia lido relatos de acidentes como este e, portanto, procurei me abastecer de materiais necessários a um reparo desse nível, mas passar por uma colisão com uma baleia foi realmente assustador (ver livro Diário de Bordo, página 158).

Hoje em dia, diante do aumento de casos de colisões de embarcações com OFNIs (objetos flutuantes não identificados) seria prudente, para um navegador de longo curso, pensar bem que tipo de quilha e leme possui sua embarcação, pois está ai uma das principais diferenças de um barco de cruzeiro de verdade e, é claro, planejar bem, além de adquirir experiência.